Quais riscos podem impactar o resultado financeiro da minha empresa?
Onde exatamente o risco começa e termina?
Empresas brasileiras frequentemente têm como um dos principais desafios gerenciar os riscos de suas operações. A responsabilidade aumenta mais ainda quando o olhar está somente voltado para protecionais básicos de segurança e incêndio, principalmente quando não conseguem satisfazer as respostas aos questionamentos de temas específicos referentes a possíveis danos catastróficos que podem paralisar ou até mesmo encerrar as suas atividades.
Os fatores de risco continuam em crescimento, perdas são imensuráveis e as ocorrências recorrentes em operações cotidianas podem aumentar e muito o risco financeiro de uma empresa. Mas como?
Pesquisas apontam, por exemplo, que 49% dos sinistros de transporte de mercadoria são causados por acidentes recorrentes e falhas nas operações.
Será que as empresas conhecem o detalhe do risco de seus negócios?
Os riscos existem e podem, inclusive, se tornar catastróficos. A capacidade das empresas de financiamento do risco é, na maioria das vezes, limitada. Neste ponto, proteger o balanço não será uma tarefa simples, pois requer transferência do risco.
Em 2018, um incêndio atingiu uma grande indústria farmacêutica no interior de SP. Uma enorme coluna de fumaça podia ser vista de longe. O fogo foi controlado na parte da tarde. Imóveis foram evacuados no entorno e alguns atingidos. Segundo divulgado pela empresa, 30% da produção foi paralisada.
Há riscos que vêm do negócio, mas há riscos que vêm do modelo de negócio. O risco financeiro está associado ao impacto dos resultados financeiros de uma organização. Quando há falha dos processos internos que envolvem pessoas, tecnologia e governança, os riscos operacionais ou não acidentais estão totalmente conectados com o erro estratégico, porque têm como origem o funcionamento inadequado do processo.
Os riscos acidentais, porém, são os que trazem significativa exposição para uma organização. Súbitos e imprevistos. Envolvem bens, pessoas, responsabilidades e gastos inesperados. Quando uma empresa elabora um programa de retenção de riscos, a primeira pergunta que deve ser feita é: Qual meu apetite ao risco e a minha tolerância? Em linhas gerais, até quanto consegue “financiar” um acidente que traga gastos inesperados e que pode impactar diretamente o resultado financeiro da empresa.
Três linhas de defesa devem ser consideradas:
Cultura, controle e auditoria internos. Outro ponto importante é que o apetite para o risco deve estar claro.
- Quem toma todos os riscos de uma organização?
- Quem não toma nenhum risco?
- Quem é conservador?
- Quem realmente é o tomador de risco?
Recentemente, um incêndio de grandes proporções atingiu uma fábrica de tintas na Grande BH. O local estava repleto de material inflamável. Neste caso, por ser um risco acidental é um risco segurável. É exatamente aqui que a transferência de risco para um programa de seguros faz-se essencial, bem como um plano de continuidade dos negócios. Mas a exposição ao risco deve ser devidamente mensurada e um programa de seguros, elaborado adequadamente para que, em uma perda significativa, o impacto financeiro seja mitigado.
Quais riscos podem ser transferidos?
- Danos sofridos pelo patrimônio
- Danos materiais, corporais e morais causados a terceiros
- Danos ambientais
- Perda de receita / Lucros cessantes
- Danos sofridos e causados em decorrência de riscos cibernéticos
- Impacto de condições climáticas adversas
- Depósitos judiciais.
A análise de diferentes cenários e de empresas semelhantes auxiliará na identificação de perdas prováveis e inesperadas que podem afetar o resultado do balanço. Segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados), foram pagos no Brasil, em indenizações de sinistros, mais R$ 500 milhões em responsabilidade civil (danos a terceiros), R$ 573 milhões em seguro de transporte nacional e mais R$ 2 bilhões em riscos nomeados (patrimonial).
Garantir o equilíbrio entre retenção e transferência de risco e entender as exposições e como gerenciá-las são pilares fundamentais. O seguro opera para diminuir prejuízos decorrentes de sinistros inesperados e catastróficos.